segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Estava eu pensando, por esses dias, que apesar de algumas revoluções que vêm ocorrendo em minha vida, acho que pela primeira vez eu me sinto comandando as situações. Sim, porque antes eu não tomava as decisões, as coisas simplesmente ocorriam. E parece que agora eu me tornei independente, eu escolho o que quero, também escolho se quero sofrer por alguma coisa ou não, podendo tornar ela menos importante.

E olhando para os lados, eu percebo que muitas pessoas ainda não podem dizer que são donas de si mesmas, que sabem o que querem e o que fazem. Às vezes, passa-se uma vida inteira para que uma pessoa tenha o domínio da situação. Às vezes, uma vida não é suficiente. E eu me pergunto: qual é o momento crucial, onde tudo fica diferente? Onde conseguimos deixar de ser levados pela correnteza, e passamos a remar na direção que queremos?

Talvez só um profundo auto-conhecimento traga essa resposta. Assim como só o auto-conhecimento nos ajuda a mudar. Nada é mais importante, mais real e intenso do que a visão única que temos sobre nós mesmos e o mundo que nos cerca. Creio que depois que passamos a entender esses dois aspectos, - nem que seja só um pouquinho - conseguimos alcançar as rédeas da vida e tentar guiá-la...

domingo, 30 de novembro de 2008

Passam-se os dias e eu fico aqui pensando o que escrever neste blog... Não, não é que eu não tenha mil idéias mirabolantes tentando pular da minha cabeça para as telas de vossos computadores. O problema é: será que eu devo? Por que alguém se interessaria pelas coisas que escrevo?

Sei lá, devo estar passando por uma fase de baixa auto-estima... É, acontece de vez em quando. Talves por isso que ontem saí às compras, gastei mais do que deveria, e depois me arrependi amargamente. As roupas são lindas, mas eis a pergunta que não quer calar (que frase clichê): será que eu mereço?

Algumas pessoa me dizem: "você tem tudo o que quer, não é possível que se sinta triste ou infeliz em nenhum momento!" Bom, espera aí... Eu sou um ser humano como qualquer outro, com muitas dúvidas, medos e inquietações. E ainda querem me tirar o direito de ter momentos melancólicos e de "chorar as pitangas"!!!!

Não, não e não! Eu quero ter o direito de ser feliz, e de também ser triste de vez em quando. De rir e de chorar. De me orgulhar e de ter vergonha. Aliás, eu acho que todos querem isso. Ninguém quer um amigo ou parente dizendo, nos momentos mais difíceis: "ah, se anima aí, você não tem motivos para ficar assim". Como não? Quem sabe quais os sentimentos que se passam dentro da gente? Quem? Quem? Nem nós mesmos...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Pensando na vida esses dias, cheguei a uma conclusão no mínimo inusitada: a gente vive a maior parte da vida criando expectativas, boas ou ruins... E, provavelmente, os melhores momentos de nossas vidas são aqueles que visualizamos as coisas dando certo. Porque, mesmo que, se o que imaginamos aconteça, nunca tem o mesmo gostinho que sentimos nas horas que passamos pensando em como isso seria... Não é?

Ou seja, basicamente a vida é feita em nossas mentes, pelas imagens, fantasias, desejos, ilusões que criamos sobre qualquer coisa. E como eu sou muito imaginativa, tenho uma graaande tendência a criar imagens extremamente dramáticas para aquilo que eu acho que vai ser ruim, ou estonteantemente românticas para o que eu acredito que será bom. Dessa forma, comecei a perceber que visualizo a minha vida como uma grande aventura literária, dessas que são pintadas com tintas muito coloridas.

Meio termo, pra quê? Isso nunca dá uma boa história... Ninguém se interessa por rotinas ou dias calmos de verão. Bom, tirando a ironia, a verdade é que ter uma queda por fortes emoções transforma a vida em uma montanha russa. Pode ser bom, mas pode deixar o estômago sempre "embrulhado". Viver assim é uma escolha, uma opção, ou, às vezes, uma necessidade. E tem o unico pré-requisito: coragem.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Depois de algum tempo vivendo mas não transcrevendo, estou de volta ao blog. Explico: quando as coisas acontecem de maneira muito intensa, digamos que publicá-las assim que saem do forno não é nada confortável.

Na verdade, não é muito fácil expor sua vida na Internet, por mais que o número de leitores seja bem reduzido. Mas aqui, criamos um personagem para nos proteger, e pensamos duas vezes antes de contar algo...

Eu gosto da Internet justamente por causa da possibilidade de poder ser e fazer qualquer coisa, conhecer pessoas, culturas, línguas, filosofias, interagir... Mas esta semana percebí que, às vezes, tanta liberdade não é boa... Porque é muito fácil abusar dela! Mentir, trapacear, enganar...

Sei lá, algumas pessoas perdem a noção dos limites, quando eles não estão claramente estabelecidos ou não estão ligados à penas e castigos quando transgredidos. Acho também que os limites entre a loucura e a sanidade são muito tênues, e dependem dos pontos de vista do ator e do observador. Porque o louco nunca acha que é louco, sempre acha que tem razão, já pararam pra pensar nisso?

E será que alguém acha que eu sou louca também? Ou você? Bom, nesse momento, e depois dessas colocações, até eu estou me achando um pouco "fora da casinha"...

domingo, 5 de outubro de 2008

Hoje é meu aniversário. Mas esse ano eu decidi que teria dois dias para comemorar: dia 5 e dia 6. Sei lá, eu gosto tanto do dia 5 de outubro que resolvi tomá-lo para mim. E como eu também amo o meu aniversário, resolvi que eu nasci em dois dias... Faz de conta que foi um parto longo...

Nessa época, em todos os anos, muita coisa muda na minha vida. É como se eu sempre estivesse renascendo. Em alguns anos, as coisas não são tão boas. Mas com certeza neste ano serão ótimas. Sim, porque agora eu decidi que tudo será ótimo, que toda transformação será benvinda. Aceitar e adaptar-se, essa é a minha nova lei.

E tem dado certo. Eu tenho recebido muito bem tudo o que aparece no meu caminho, sejam pedras ou rosas. Na verdade, eu estou tentando transformar as pedras em rosas. Tá, é bem difícil de conseguir isso, mas eu tô melhorando. Como dizem mesmo? Acho que é: a prática leva à perfeição.

Bom, eu também estou comemorando os meus dois meses de emprego novo e o meu primeiro mês de casa nova. Nova e só minha! Ahhh, que maravilha! Deveria existir uma lei que decretasse que as pessoas não poderiam viver juntas. Só uma pessoa por casa. No máximo, visitas breves. Isso evitaria tantas brigas, tantos confrontos, tantas palavras cheias de ódio! As pessoas se amariam mais. Sei que pareço louca, mas creio que quem mora sozinho(a) deve entender o que eu estou querendo dizer... É tão bom ter um cantinho só pra gente... Até fica mais divertido cuidar da casa, da roupa, da comida... hehe

Só pra terminar... Feliz aniversário pra mim!

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Eu acho que até hoje eu não conhecia a sensação de saber que alguém quer fazer alguma coisa muito grande por mim. Sem pedir nada em troca, sem ter nenhuma garantia. Nenhuma.

Às vezes, as coisas boas vêm de uma forma tão inesperada, tão torta, tão surpreendente... E isso faz com que elas sejam as melhores. Às vezes, o que achamos que não desejamos era exatamente o que queríamos, mas não sabíamos antes de acontecer. E a felicidade é tão fácil e extrema quando vem dessa forma!

Sim, hoje é um dia feliz pra mim. Feliiiiiiiizzzzz! Por que? Porque tudo é ótimo! Eu tenho uma casa e um emprego e uma família e bons amigos. Eu tenho alguns pequenos luxos e eu tenho um cachorro. Eu tenho um fogão e um microondas também. Eu tenho o resto do mundo dentro do meu computador. E eu tenho sonhos e planos e muitos projetos. Eu tenho um passado. E também um futuro. Eu tenho muito. Mesmo. Posso chorar?

P.S Post dedicado ao Alemão, ele sabe porquê... hehehe

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Pelo dicionário, diminuição do peso, dor, etc; desopressão. Mas aqui, na vida real, sentir-se aliviado tem um sentido muito mais amplo. É como se todas as tropas dos EUA fossem tiradas do Iraque, é como se, de repente, a crise financeira mundial acabasse. É como se toda a angústia pela qual já se passou fosse insignificante agora. É a pedra no meio do caminho, que virou pó...

A gente sofre tanto até conseguir tomar decisões para resolver situações... Mas, no final, acho que até o sofrimento compensa, pois faz tornar o alívio muito mais glorioso.

Meu alívio sempre vem acompanhado do choro. Aliás, a angústia também. Choro quando estou mal. E choro quando estou bem. Sim, eu choro muito. É mais ou menos assim: quando o meu poço de sentimentos está transbordando, eu abro uma torneirinha lateral para que o excesso possa jorrar. E me faz muito bem, apesar de parecer infantilidade e insegurança. E não deixa de ser um ou outro. Afinal, eu sou humana, tenho as minhas fraquezas, e tenho muito o que aprender.

Começar a encarar meus pontos fracos com mais naturalidade e menos culpa também é muito aliviante. Escrever sobre isso, para todos verem, é uma grande terapia. Porque assim eu permito que as minhas dificuldades não sejam só minhas, sejam do mundo. Eu as liberto de mim. E como o amor só existe com liberdade, assim eu me amo mais, do jeito que eu sou. No fim das contas, entender e amar a si mesma é o maior alívio...

sábado, 27 de setembro de 2008

Tomar decisões sempre é difícil. Ainda mais quando elas podem gerar revolta, quando atingem outras pessoas. Pensando bem, o que é difícil é tomar uma BOA decisão. Mas, apesar de todos os conflitos mentais que um processo decisório possa gerar, isso sempre me fascinou...

Nos últimos tempos, tenho sentido a necessidade de resolver muitas coisas na minha vida. Talvez seja um ano de tomar rumos, sei lá. Mas nunca, em nenhuma fase dos meus quase 24 anos de vida, tantas coisas foram decididas, tantas mudanças ocorreram, tantos problemas vieram à tona, para que uma solução fosse encontrada.

Mas pra quê eu tô escrevendo tudo isso? Talvez porque hoje eu esteja me preparando para tomar mais uma decisão... Decidir se vou ser A boazinha, e aprender a ceder, ou se vou priorizar e respeitar mais o que EU quero, por mais que isso seja ruim para as outras pessoas... É, não é fácil...

E não, não é possível achar um meio termo. Porque esse é um tipo de coisa relacionada à auto-estima, e não é possível ter meia auto-estima. Mas é preciso ter muita auto-estima, tanto pra ceder sem se frustrar, como pra ter coragem de respeitar uma vontade interior . Na verdade, é uma decisão de impulso para o amor-próprio. E eu espero estar preparada para as consequências...

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Tá aí uma coisa que me irrita muito: gente que não cumpre horários. Isso demonstra uma total falta de respeito com as outras pessoas, que ficam esperando, ficam dependendo de um irresponsável qualquer para dar continuidade aos seus trabalhos, sua vida pessoal, seu lazer, whatever.

Outra coisa que faz parte da minha lista negra: gente deslumbrada. Deslumbrada com o que as outras pessoas dizem, deslumbrada com a liberdade, com uma nova situação, com uma nova cidade. Na verdade, o que me irrita é a ingenuidade, é saber que, logo ali na frente essa pessoa vai estar se lamentando pelo tempo gasto com futilidades. E alguém se lamentando no meu ouvido é cruel...

Falta de organização também é muito chato. E isto está relacionado com o que falei no primeiro parágrafo, também. Ou seja, não precisa explicar mais. E a mentira que vem como complemento com pessoas desorganizadas, que possuem um leque enoooorme de desculpas inventadas para todos os tipos de situação? Essa, ninguém merece.

Concluindo: se você for organizado, cumprir horários e "ter os pés no chão", que beleza! Quer ser meu/minha amigo/a? Agora, se você se sentiu descrito em alguns dos itens deste texto, por favor, pegue a direita e saia à francesa...

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Sabe, eu tinha um caderno preto onde eu escrevia todas as coisas que me passavam pela cabeça... Aliás, eu ainda tenho este caderninho. Só que, para escrever nele, eu precisava de uma caneta especial, metalizada, de gel. À princípio isso não era problema, eu tinha algumas dessas canetas do tempo do segundo grau... Só que, quando elas secaram, começou a minha longa peregrinação atrás destas preciosidades. Não, eu não estou dizendo que não existem mais canetas com gel, mas achar uma que escreva por mais de 3 linhas é quase impossível.

Bom, quando eu cansei de procurar e comprar canetas erradas, resolvi parar de escrever. Por algum tempo, não senti falta do caderno. Minha vida estava muito agitada, nem tinha tempo pra isso. Porém, a necessidade de me expressar começou, pouco a pouco, pertubar minha rotina. O que fazer? Já não podia mais contar com meu caderno preto...

De repente... Eis que surge a fabulosa idéia de criar um diário virtual... Por que não? Assim posso dividir meus pensamentos com quem não tiver nada mais interessante pra fazer. Pois é, essa foi a história do nascimento deste blog. Ahhh, o título, nem preciso comentar, né? Pa bom entende, meia pala bas...