sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Como a gente reaprende a se amar? Melhor, quando a gente deixa de se amar?

Primeiro, e sempre é assim, é só começar a perder o amor próprio, permitindo que alguém te desrespeite. E isso não é tão difícil, na verdade. Basta um pouco de ingenuidade ou, talvez, um excesso de paixão. Outro requisito é encontrar uma pessoa egoísta o suficiente para não se preocupar com você, e isto existe aos montes.

Depois de toda a situação armada, deixe a outra pessoa fazer você acreditar que você não vale nada e merece ser humilhada. Machucada. Traída. Não debochem de mim, leitores: isso é mais comum do que parece. E, dependendo do contexto,a situação até pode ser fatal.

Resumindo a história, depois de perceber a grande burrada que fez, você ainda terá que lutar contra palavras cuidadosamente calculadas para não te permitir sair do meio da lama. Mesmo assim, você conseguirá, mas sentirá um grande remorso por um longo período. Sim, aquelas palavras te acusando continuarão na sua cabeça. Até que, um dia, perceberá o que realmente aconteceu e se libertará para o mundo.

O problema é que essa liberdade não será completa. Você vai carregar consigo as feridas, e se protegerá atrás de um excessivo zelo. Só que zelará pelo amor próprio que já não tem mais. E como vai sofrer com isso. Precisará reconquistar esse sentimento, mas como?

Eu ainda não sei como. Estou tentando aprender. E tenho noção de que, no meio deste processo, erro muito mais do que acerto. Mas, entendam: eu não preciso que apontem onde estão as minhas falhas. Não agora. Eu só preciso que compreendam o quanto eu já sofri pelo simples fato de ser imperfeita, tão imperfeita como qualquer outra pessoa. Como qualquer um de vocês. Como todos vocês. Apenas, me aceitem como eu sou.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Bom, o título desse post resume tudo. Nem precisaria falar mais nada. Porque um dia qualquer, você acorda de manhã e se olha no espelho enquanto está escovando os dentes, e leva um susto ao perceber que algumas coisas mudaram desde a última vez que você prestou atenção em você. O cabelo está sem brilho e a cor está feia, as olheiras aumentaram de forma inversamente proporcional à sua disposição e, dependendo da idade, a maior preocupação oscilara entre as espinhas e as rugas.

E assim vai. Se você é gorda, vai achar que engordou mais. Se é magra, tem a impressão de que a clavícula está querendo pular fora de seu corpo. Se está em forma, vai achar qualquer outra coisa pra reclamar. Agregue a isso algumas palavras na hora errada, a falta de bons elogios - em casa, no trabalho e até mesmo dos serventes de uma construção qualquer - e sua autoestima migra para o pé.

Eis a natureza feminina: viver entre altos e baixos. Sim, garotos, e tenham certeza de que mulher que faz de conta que nada a atinge, está escondendo o jogo. Porque todas somos assim: um misto de bons e maus momentos, sempre regados com muito drama. Mas se acalmem: tudo isso passa. E volta de novo, mas enfim. Seria necessário que vocês nascessem de novo, dentro de um corpo feminino, para entender o que passa em nossas cabecinhas insanas.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Eu não gosto de ir em cemitérios, nem costumo dar muita importância para datas comemorativas, nem associar sentimentos à elas. Mas hoje, está sendo diferente. Hoje eu lembrei dele o dia inteiro. Hoje eu me senti muito abandonada.

Não é algo tão recente mas, por alguma razão, hoje doeu. Eu não sei explicar quanto nem como, mas doeu. Parecia que eu estava sozinha no mundo. Parecia que ninguém, nunca mais, iria me proteger.

É estranho porque, no fundo, nossa relação não era muito profunda, como deveria ser. É estranho, porque eu penso que ele nunca me protegeu de verdade. Mesmo assim, hoje, eu senti essa dor da solidão, do abandono. E como dói.

Só queria um abraço forte agora.