domingo, 27 de junho de 2010

O tempo muda as pessoas. E eu mudo conforme o tempo. Eu mudo conforme aquilo que vivo, aquilo que aprendo. Eu sou uma mescla de tudo o que passou com todos aqueles que passaram na minha vida. E também sou o que meu cérebro me permite ser. Todas as insanidades, os devaneios de minha mente se tornam realidade em mim, para mim. No meu íntimo, eu posso ser todas: a louca, a rebelde, a tímida, a superpoderosa. E meu mundo também pode ser um conto de fadas, se assim eu quiser. Mas tudo depende, tudo varia, tudo muda de forma e posição. Nada é igual sempre. Eu não sou igual ao que fui ontem, nem ao que serei amanhã. Eu mudo sempre, porque eu mudo conforme o tempo...

sábado, 26 de junho de 2010

Tem dias que são assim: eu acordo revoltada com o mundo. Sinto-me impotente diante dos fatos, das pessoas que detém certos poderes e não me permitem expressar minhas opiniões.

As pessoas são egoístas, não querem ouvir sugestões alheias. Sempre acham que estão certas e que nunca precisam mudar. Tenho pena. Elas não conseguem ver a realidade, vivem em um mundo de fantasia. Vivem na sua própria Matrix.

Tô cansada de me esforçar para tentar mudar o mundo. Acho que não vale mais a pena. Eu deveria me preocupar somente comigo, e os outros que se danem. Que queimem no mármore do inferno.

Fuck you all, folks!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Crise de choro. Uma dor incontrolável sem ter motivo algum. Quer dizer, talvez o motivo seja simplesmente abrir as comportas e esvaziar a represa. Esvaziar o coração das dores acumuladas, dos medos, das angústias.

Momento de total descontrole, descompostura. Deitar no chão e se encolher em posição fetal. Faz falta alguém para me abraçar nesse momento, para dizer que estou protegida do mundo lá fora. Momento infantil, de ter medo do bicho papão que está embaixo da cama.

Fragilidade total. A quem recorrer? Sou apenas uma menininha perdida no meio da floresta, procurando a vovozinha e tentando fugir do Lobo Mau. Nessa hora, tudo o que eu mais gostaria é de me esconder em uma caixinha e esperar esse turbilhão de emoções passar.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Eu amo meus amigos. Decidi que não tenho medo de dizer isso, e não posso deixar isso pra outro momento, porque eles precisam saber disso. Eu adoro nossos acampamentos aqui em casa, adoro dormir com vocês, e me sinto completamente feliz ao acordar e ouvir suas vozes.

Adoro nossas baladinhas, nossas conversas, nossas alienações. O Vini derrubando ketchup, açucar ou qualquer coisa comestível pelo chão. A Rachel PRE-CI-SAN-DO de alguma coisa, o Ricardo sensualizando com suas dancinhas. Óbvio, não posso esquecer do Lucas falando sem parar durante o filme (meu resgate eterno), o Yuri vivendo "intensamente" sua juventude e o Rafa sexualizando.

Adoro poder dar risada, ser eu mesma, louca assim, sem me sentir deslocada. Eu, no meio dos meus adoráveis amigos insanos. Nada melhor. Pra quem acha que é pouco, fica a dica: vai se fuder.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Quer saber? Eu tenho me sentido normal - no sentido de ser igual a todos os outros - e é estranho ser normal. Porque eu sempre fui acostumada a ser diferente, pensar diferente, gostar de coisas diferentes. Eu me sentia excluída do mundo, mas esse era o meu mundo. E agora eu tô aprendendo a ser normal.

O que mudou? Provavelmente eu mudei, mas não sei onde. Como a gente percebe onde e quando muda? Porque você está lá vivendo e de repente, alguém te diz: nossa, como você mudou! E você não entende nada, mas começa a observar, e vê que mudou mesmo. Mas aquele momento exato da mudança passa despercebido.

Voltando ao assunto... Agora eu sou normal. Eu me preocupo com coisas que todo mundo se preocupa: ter um trabalho, pagar o aluguel, fazer compras no mercado, encontrar o "amor da minha vida"! Mas o que eu pensava antes? Antes eu pensava demais. Eu queria salvar o mundo. Eu queria mudar as pessoas, eu queria contos de fadas.

Resumindo: eu cresci. Demorei, mas deixei de ser uma jovem idealista, apaixonada e passei a pisar no chão. Agora, me concentro nas futilidades materialistas e egoístas da vida. É, seguramente, mais frustrante, mas incrivelmente mais fácil ser normal.