quinta-feira, 26 de maio de 2011



Eu preciso das pessoas. E eu preciso que elas precisem de mim.
Eu preciso que me falem que eu sou necessária (apesar de saber que não sou insubstituível).
Eu preciso que sintam minha falta. 
Que me chamem, que me liguem, que queiram saber onde e como estou.
Parece neurose, carência, mas quem não precisa?

Quem não precisa de carinho? 
Quem não deseja ser amada todos os dias, o tempo todo?
Quem não espera por palavras que enaltecem?

Na verdade, são poucos detalhes. Poucos gestos.
Pouca coisa. Qualquer besteira. 
Mas eu preciso.

Caso contrário, eu encolho, me recolho e desmorono.
E choro baixinho, pra ninguém perceber...

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Prestem atenção, meninos, vou tentar explicar de maneira rápida como funciona uma parte das mais complexas engenhocas do universo: o cérebro feminino. Dentro desta caixinha maravilhosa existe um termômetro que analisa a quantidade de atenção que a mulher está recebendo. Esse medidor está diretamente ligado a um painel de autoestima que, por sua vez, se conecta a um disparador de emoções.

Modo de funcionamento
Todos os fatos, palavras e emoções são captados pelos sensores deste termômetro, que os verificam em seus mínimos detalhes: se a amiga reparou a roupa nova, se o chefe reconheceu o trabalho bem feito, se o namorado/marido/amante lembrou de dizer que ela está linda... Enfim, todos os tipos de atenção dispensada são constantemente verificadas.

As informações recolhidas são levadas ao painel da autoestima. Se o marcador de atenção tiver recebido poucos sinais, a autoestima ficará no vermelho, o que irá disparar determinadas emoções, como a tristeza, a irritação ou até mesmo a raiva. No caso contrário, se houver muita atenção verificada, a autoestima estará no nível verde, o que desencadeará outros tipos de sensações: alegria, confiança e bem estar.

O resultado de tudo isso, vocês conhecem bem. E então, nem é tão difícil né?

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Este é o resultado de uma criação coletiva pela Internet da qual eu participei, juntamente com o Bruno Philippsen e outras pessoas que não se identificaram. Confiram:


testo o resto que me resta
e resta um texto que me testa
neste gesto que me empresta
a voz de todos nesta festa

meço o preço, desço e peço
um começo ou um processo
pra que cesse meu cansaço
e só cresça o que eu esqueço  

meu apreço pelo verso
que eu nunca escrevi
pelos lugares que não vi
e momentos que não vivi
é escrito só por outros
é sentido só por poucos
e sonhado pelos loucos
que escrevem com seus dedos
pelos ares
seus sonhos e delírios
que só podem ser lidos
por aqueles que não podem ver
mas podem sentir
que estão nas entrelinhas
de versos não escritos
de palavras não ditas
os conselhos mal ditos