quinta-feira, 31 de março de 2011

Toda mulher é um pouco insegura, mesmo aquelas que demonstram total autoconfiança. Sim, é uma característica feminina ter medo de não estar agradando e, consequentemente, não ser querida/amada/desejada. As mulheres possuem impregnado em seu DNA o ensinamento de que devem ser inferiores aos homens e isso é meio caminho para se sentirem inseguras. Afinal, como ser boa o suficiente para alguém que sempre será superior?

Teorias à parte, ando me sentindo insegura ultimamente. Mais do que deveria. Aquele medo de ser feia/chata/boba/burra - ou qualquer outro adjetivo pejorativo -, sabe? E isso até seria normal, se não estivesse afetando meu raciocínio lógico, no melhor estilo paranoia. Ok, não é pra tanto, eu diria medos exagerados. Qualquer gesto, atitude, palavra ou falta delas me leva a criar todo um enredo imaginário que culmina nas inseguranças acima citadas.

Mas por que isso agora? Fácil responder. Nunca todas as coisas estiveram tão perfeitinhas no meu mundo sempre tão caótico. E parece que encontrar problemas o torna mais real. É um pensamento totalmente estranho mas, no fim das contas, acho que muitas também passam por isso.

E tem remédio, doutor? Tem, sim senhora. Onde compra? Não compra, manipula., dentro do cérebro. (...) Ainda preciso descobrir a fórmula.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Há algum tempo atrás, dizia-se que as mulheres que admitiam gostar de sexo, que caçavam os homens - e  muitos deles ao mesmo tempo - e que trocavam de parceiros constantemente, estavam invertendo os valores sociais e morais, já que mulher devia ser um exemplo de bom comportamento para os filhos e para o resto do mundo.

Mas como o mundo gira, aquelas que antes eram consideradas vulgares e despudoradas foram se tornando a maioria e, por isso mesmo, passaram a ser aceitas, respeitadas e até mesmo reverenciadas por seus atos, já que mostravam que as mulheres tinham conquistado o direito de fazer o que quisessem de suas vidas - e de seus corpos.

E tudo seguia normal, até que uma marca de cerveja e uma cantora mais ou menos resolveram sair por aí querendo complicar aquilo que já estava resolvido, ao dizer que ser safada era ter um casamento certinho e nunca falar de sexo, já que os pais a ensinaram que mulheres deviam ser castas e obedientes por toda a vida. A moçoila teve a ingenuidade de dizer que era saidinha porque dançava em cima da mesa. Quer dizer, a ideia é inverter novamente os valores e fazer todo mundo voltar à época pré-feminismo, onde uma mulher mostrar a perna já era algo muito ousado.

Pode ser só uma campanha publicitária, mas certamente ela foi bolada por homens e, eu me arrisco a dizer que existe, sim, uma mensagem subliminar nesta história, para que as mulheres voltem a ser 'santinhas', certinhas e podadas em suas atitudes. É um retrocesso.