quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Acho que é natural do ser humano ter medo de se perder. Alguns tem mais, outros tem menos medo. Mas a verdade é que todos tem. Se perder literalmente, ou emocionalmente, espiritualmente, moralmente.

Hoje eu estava pensando: não existe ninguém que tenha se perdido em uma rua, ou uma rodovia, e nunca mais tenha achado o caminho. E talvez isso sirva para os outros aspectos da vida também.

Perder-se é ter a oportunidade de achar-se. É poder buscar o seu próprio caminho, sozinho, independente de onde vão ou queiram ir os outros. E não há outra maneira de encontrar um caminho, sem ter perdido outro.

sábado, 31 de outubro de 2009

Qual é o limite entre a vontade e a possibilidade? Entre o querer e o poder?

Meus limites estão sendo testados. Profundamente. E a coisa chegou num ponto que eu já não sei mais o que eu estou fazendo. Não sei se gosto do que estou fazendo. Dúvidas. Suspiro. Uma lágrima. Um montão de lágrimas.

Dizem que o caminho para a felicidade está cheio de pedras. Mas quantas pedras vale a pena suportar? São muitas pedras no meio da estrada. Como saber o limite da nossa alma em busca da felicidade desejada?

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Hoje é meu aniversário. E eu nem acordei tão entusiasmada assim. Dia normal, um monte de coisas pra organizar, cortar cabelo, ir na farmácia. Sim, eu tô sozinha no meu aniversário, que na verdade é só mais um dia comum para todas as outras pessoas.

Ler e-mails automáticos de felicitação de empresas, ler os posts no Orkut, na maioria de pessoas que eu não falo há anos, mas que fazem questão de dar os parabéns "por educação". Mas educação e hipocrisia sempre andam juntas. Algumas vezes a felicitação soa tão impessoal, que demonstra mais desprezo do que simpatia.

Agradeço, sim, aos meus amigos que lembram do meu aniversário, que mandam sms, ligam ou falam comigo no msn. Alguns também usam o Orkut pra tal finalidade, mas é possível ver de longe quando uma mensagem é sincera.

Enfim, mais um dia comum. Não, para mim não é, mas parece que acordei mal humorada no dia do meu aniversário. Vou trocar a data, talvez amanhã eu possa realmente me sentir feliz com mais um ano de vida.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Se me queres, faças por merecer.
Conquista-me.
Conquista-me como um adolescente tenta conquistar seu primeiro amor.

Eu quero rosas - de preferência as vermelhas.
Eu quero declarações de amor.
Eu quero gentilezas e cuidados,
beijos apaixonados,
públicos,
despudorados.

E andar de mãos dadas pela praça.

Se realmente me queres,
faças com que me sinta amada.
E quando conseguir, faças de novo,
para que eu não me esqueça.

Do contrário,
não poderei acreditar.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Eu achava que milagres não aconteciam. Pelo menos, não comigo. Mordi minha língua. O que aconteceu, realmente não importa. É pessoal e irrelevante ao contexto deste texto. Mas assim como eu não acreditava, as outras pessoas também não acreditam. E foi por isso que chegaram a duvidar da minha honestidade hoje.

É bem doloroso quando alguém acha que você está mentindo, dissimulando, inventando. Porque você pensa: agora eu que tenho que provar que um fato verídico é realmente verdade?

Bom, voltando ao assunto original: milagres acontecem. Ah, mas foi coincidência, alguém poderia dizer. Nesse caso, eu diria que "coincidência" é só mais uma palavra menos chocante para algo sem explicação. Porque a gente tem essa mania de querer explicar tudo, achar uma razão. Mas às vezes o que ocorre é apenas um milagre. E tem muitos que acreditam que pequenos milagres acorrem todos os dias, a cada instante.

Levando esse assunto mais a fundo, dá até para pensar que a formação de um ser humano é um milagre. Porque what the hell um espermatozoide e um óvulo juntos podem se transformar em uma pessoinha? Ah, foram programados... Mas por quem? Quem tem tanto poder assim pra fazer um nada se transformar em um tudo? Aí que entra a figura de Deus, ou Buda, ou qualquer outro nome que inventaram pra identificar o mesmo ser, ou energia, ou o Tudo.

Pra não estender mais essa conversa minha comigo mesmo (não, querido leitor, esse texto não foi feito pensando em você, é somente fruto da minha mente dopada à 1 da manhã), quero concluir: milagres existem. E tenham uma boa noite.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Como saber quando é preciso mudar o rumo? E como fazer isso? Essas são duas questões que estou tentando responder.

Mudar sempre inclui uma transformação que se passa primeiro internamente, pra depois tomar forma, sentido, ganhar ação. Mas como, como saber o que é preciso modificar, melhorar, renovar, recomeçar?

Quase sempre a gente só descobre essas respostas depois de praticar muito uma técnica chamada de "tentativa e erro". Vamos errando, errando, errando, até o dia que percebemos que algo precisa ser feito, para um ciclo ser interrompido.

E o que doi mais? Todo o processo que passamos até descobrir o que devemos mudar, ou admitir que temos que mudar? E depois de admitir, o que fazer com toda essa informação? Como colocar em prática?

Coragem, discernimento, maturidade. Talvez sejam essas as três palavras essenciais, quando o assunto é mudança...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Gabi diz:
*to com saudade das nossas jantinhas no inverno (buaa)
*lá em casaaaa
Mariana diz:
*(buaa)
*(buaa)
Gabi diz:
*vou até escrever no meu blog (buaa)
Mariana diz:
*embaixo das cobertas vendo tv (buaa)
*siiim, nossas jantas eram mara, a tua casa era mara (buaa)
Gabi diz:
*(buaa)
Mariana diz:
*vendo o Michael Phelps lá ganhar a natação
*:'( q saudadeeeeeeeezonaa
Gabi diz:
*e depois torcendo pras ginastas cairem (buaa)
Mariana diz:
*:'(
*hauhauhauuha
*muito maraaa
*ouvindo o Unicórnio Azul
Gabi diz:
*e o tay interpretando (buaa)
Mariana diz:
*(buaa)
*comendo pizza de chocolate com queijo muzzarela
Gabi diz:
*e fazendo a gente se vestir de palhaço, fazendo de conta que era diva (buaa)
Mariana diz:
*e a gente acreditando (buaa)
*haha
Gabi diz:
*o elcio comendo até passar mal...
Mariana diz:
*hehee
*e depois lavando a louça (buaa)
*aaaaaaiiiiiiii q saudadesssss, era bom nééé!?
Gabi diz:
*ahammmmm

Só quem tem amigos de verdade sabe o que é sentir saudades. Saudades das coisas mais banais, das mais engraçadas, das mais bobas, das ridículas também... Saudades de todos os bons momentos que passamos juntos... snif...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Perdida no tempo e no espaço...
Tentando tomar conta de todas as minhas vidas
De todos os meus Eus
E de mais alguns outros por aí
Tentando aprender
Tentando ensinar
Tentando pensar
Tentando
...
Por alguns momentos a gente perde o foco
Perde a razão
Acha que tudo se perdeu
Mas ainda assim vai
Vai
Vai
E chega.

quinta-feira, 26 de março de 2009

"Só a verdade liberta". Estava pensando nessa frase hoje. Ela é um pouco radical, e tudo que indica um único caminho não me agrada. Mas parei pra pensar em um outro sentido desta frase, que me fez compreendê-la melhor: a verdade pode ser a sua verdade, a minha verdade, a verdade de cada um. Ou seja, se eu acredito em algo e consigo seguir aquilo, sendo bom ou ruim, serei verdadeira com meus princípios. Se estiver certa, vou me sentir livre. Se estiver errada, vou me libertar dos conceitos equivocados que tenho.

Conheço uma pessoa que diria que tudo isso é teoria de livrinho de auto-ajuda. E por que não? Partindo do princípio que todos nós ainda temos muito a aprender e que, às vezes, uma frase ou pensamento simples, dito na hora certa, pode ser o suficiente pra mudar uma mente, eu creio que há um bom propósito para que o parágrafo acima seja divulgado. Aliás, todos os parágrafos deste blog. Pode não ser "cult" ou pode parecer um monte de bobagem pra alguns. Mas pra mim não é.

Escrever me trás um grande alívio, e se eu me beneficio, missão cumprida. E se, por acaso, alguém mais acha alguma dessas frases úteis, melhor ainda. No final das contas, essa é a minha verdade, e é isso que importa.

domingo, 8 de março de 2009

Existem duas coisas importantes no mundo: a forma como você é e a forma como as pessoas te veem. A primeira não precisa ser comentada, pela obviedade da questão. Agora, a segunda é aquela que todo mundo tenta fazer de conta que não se preocupa, quando na verdade é o maior de nossos temores.

Se você é quem você quer ser, você corre o risco de ser extremamente julgado. Se você tenta se adaptar, estará mentindo a si mesmo, e nunca será feliz. O que está certo? O que é o melhor? O meio-termo.

E o meio-termo ao qual me refiro é a sensatez. É saber a hora de ser sincero, e a hora de ser educado. É saber a hora de aceitar as palavras, e a hora de recusar. A hora de falar e a hora de calar. A hora de dizer sim ou não.

Sim ou não! Isso define tanta coisa... Define nossas escolhas, define o que queremos ser e como queremos nos mostrar para o mundo. A firmeza de um sim ou de um não pode demonstrar quão convictos somos quanto aos nossos desejos, ou quão seguros estamos em relação à todas as coisas. Em relação aos outros. Em relação à vida.

E então? Você sabe dizer sim? E não?

quarta-feira, 4 de março de 2009

Eu nunca fui o tipo de pessoa paranóica, de ficar pensando em quem está falando de mim, ou dizer:"ai, como o mundo me inveja". E eu sempre achei isso uma besteira sem proporção, porque, afinal, alguém que se preocupa com o que os outros estão falando, é tão idiota quanto eles.

E, apesar de já ter passado por situações onde pessoas tentaram me prejudicar - aliás, como todo mundo já passou -, nunca dei muita importância para isso, não alardeei meu sofrimento para os quatro cantos do mundo.

Só que ultimamente eu comecei a me incomodar com isso. Não deveria, não leva à nada. Mas é muito frustrante ver que tem gente que, além de dedicar a vida pensando e falando da vida do outro, ainda acha que isso é normal! E quantos que vivem no meio desse tipo de pessoas, e acabam sendo convencidos da "naturalidade" de todo esse processo, entrando no jogo também? E falam, e mentem, dissimulam e criam histórias...

Errar é humano, tudo bem. Falar mal, todo mundo já falou, duvido que alguém prove o contrário. Agora, achar que isso é normal, já é demais para a minha cabeça! Na verdade, já me sinto muito idiota por estar escrevendo sobre um assunto tão idiota. Só que a coisa chegou em um ponto limite, e eu precisava "botar pra fora". Bom, o blog tá aqui pra isso. E esse texto foi o meu protesto.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Hoje eu resolvi reler algumas coisas que tinha escrito há muitos anos atrás, no "verdadeiro caderno negro", e logo na primeira página encontrei um textinho até que interessante, bem romântico e ingênuo mas, apesar de eu ter escrito isso quando tinha uns 17 anos, talvez algumas coisas ainda sejam da mesma forma:

Coisas em que eu acredito:

Acredito em Deus;
Acredito em Jesus;
Acredito no amor;
Acredito no casamento;
Acredito na felicidade;
Acredito na verdade;
Acredito que exista homem fiel;
Acredito que os sentimentos sejam mais fortes que a razão;
Acredito que o Bem exista;
Acredito que o tempo é o melhor remádio para o coração;
Acredito na beleza interior;
Acredito que alguém deste mundo relamente me ame;
Acredito que o amor vem com o tempo;
Acredito na importância da família;
Acredito que dinheiro não traz felicidade, mas ajuda;
Acredito no arrependimento;
Acredito no perdão;
Acredito que o caminho para a felicidade é cheio de pedras, mas a recompensa para quem chegar ao fim será imensa;
Acredito que alguém acredite em mim;
Acredito que a paciência é um dom;
Acredito que tudo na vida é questão de aprendizado;
Acredito que existam pessoas que nasceram uma para a outra;
Acredito que a boa conduta será recompensada;
Acredito que tudo dará certo no final;
Acredito no poder do olhar;
Acredito no poder do beijo;
Acredito no poder do sorriso;
Acredito na perseverança;
Acredito que nunca se pode saber tudo.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O que faz uma pessoa gostar de você? Eu costumava pensar que, para alguém gostar de mim, eu precisava tentar ser perfeita. Puro engano. Ninguém gosta de quem não erra nunca, pois alguém assim não parece ser real. Pessoas gostam de pessoas como elas, com qualidades e defeitos. Sim, os outros são simpáticos aos nossos defeitos, eles se conectam com a gente dessa forma.

Com o tempo eu descobri que quanto mais eu deixava transparecer meus sentimentos e emoções (sendo bons ou ruins), mais as pessoas me aceitavam do jeito que eu sou. E isso me pareceu estranho, à princípio, porque eu não gostava de admitir meus erros. Tá, eu ainda não gosto, mas já consigo admitir que sou orgulhosa...

E quando eu passei a aceitar melhor os meus erros, pude aceitar melhor o erro dos outros também. E assim, me conectar mais. E nesse ponto, aparece uma frase bem óbvia: quando gostamos mais da gente, gostamos mais dos outros também. É fácil assim. Ou não?

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Muita coisa, muita coisa, muita coisa acontecendo, e minha cabeça quer entrar em pane! Não, pior é o meu corpo, que já entrou... Não quer mais ir trabalhar!

Em muitas vezes que escrevo aqui, falo sobre muitas mudanças, muitas coisas novas na minha vida, e isso parece ser uma constante nos últimos tempos. E eu passei a perceber que tudo isso só acontece porque eu quero que aconteça. Sim, porque eu desejei, eu planejei, eu fui atrás, e agora está acontecendo.

Muita gente reclama: tudo dá errado para mim, nada acontece na minha vida! Bom, vamos aos fatos: o que a maioria das pessoas fazem para que alguma coisa realmente mude? É fácil desejar que as coisas se alterem assim, do nada.

Mas, antes de tudo, é preciso coragem. Sim, porque às vezes falamos que queremos novidade, mudanças, um giro de 180°, mas não estamos preparados para isso. Mudanças não são somente acompanhadas de bons momentos, mas de todo o sofrimento da adaptação também.

Acima de tudo, é preciso ter certeza do que realmente se quer. Quer dizer, não de tudo, não pra sempre, mas ter um objetivo específico definido. E aí, já sabe o que você quer?

sábado, 10 de janeiro de 2009

Sei lá, eu acho que tô numa fase meio: tenho 5 anos, quero toda a atenção e vou chorar se não ganhar. Começando pelo meu blog. Porque agora resolvi que quero que as pessoas leiam o meu blog, mas eu me frustro porque elas não lêem! Tá certo, nem é um blog muito interessante mesmo, nem vai fazer diferença nenhuma para a humanidade. mas eu quero, porra!

Essas fases são engraçadas: uma hora a gente quer sumir, quer que todos nos esqueçam. Outra hora, queremos ser o centro das atenções. Bom, a instabilidade é natural do ser humano, diga-se de passagem. Mas eu ainda não compreendi o porquê de tanta oscilação.

O que eu já compreendi é que, quando quero atenção, a melhor maneira de fazer isso é arranjar uma briga. Uma discussão. Arranjar um motivo para dizer algo sincero, forte e devastador à outra pessoa. Ah, não tem melhor receita: a atenção daquele ser se volta toda para você.

É estranho, as pessoas pensam mais na gente quando não somos boas pra elas. Talvez seja exatamente por causa de sua necessidade de atenção. Sim, pois ter alguém que não é bom pra você, significa, aparentemente, que essa pessoa não gosta de você, e não vai mais te dar atenção. Complicado, não? E será que é isso mesmo?