Pensando bem, eu não me arrependo de ter voltado. De ter voltado para a minha vida. Sim, pois eu achava que seria mais feliz bem longe, mas esquecia que a felicidade dependia também de quem eu era. E eu não poderia simplesmente fugir da minha vida. Ela fica na memória, nas lembranças, no comportamento.

Quando me dei conta dessas coisas, compreendi o que eu realmente queria. E não era muito não, como eu imaginava antes. Eu só queria dar boas risadas e me livrar daquele peso nos ombros. O peso da busca de coisas inexistentes. O peso da falta de certezas.

Hoje eu vejo que estava tudo fora do lugar, e em vez de arrumar a bagunça eu queria correr dela. Mas isso nunca adiantava, porque eu sempre tinha que voltar, cedo ou tarde, e perceber que estava tudo lá, do mesmo jeito desorganizado de sempre. Isso não quer dizer que agora eu coloquei tudo no lugar. Só significa que, de vez em quando, eu dou uma arrumadinha, tiro o pó da estagnação.

Pensando bem... eu não me arrependo do que já foi. Tudo serviu pra aprender.