Essa história de que "o coração não escolhe por quem se apaixona" é pura balela. Só se for um coração tão solitário e carente, que acha que qualquer um basta. Mas aí tem uma escolha também: a escolha de aceitar qualquer coisa, qualquer amor.

E creio que a maioria das pessoas fazem isso mesmo. Somos todos tão necessitados de carinho e afeto, que só um pouco já é o bastante. A cavalo dado não se olha os dentes, já dizia o ditado. E depois, queremos chorar nossa falta de sorte nos relacionamentos, buscando justificativas irreais para o óbvio: nos condicionamos a acreditar que qualquer um é melhor do que nada.

Contas erradas. Qualquer um não é melhor do que nada. O melhor é ter autoestima e saber buscar o que é importante para si, sem se contentar com o que é insuficiente. Ter respeito a si próprio, às próprias necessidades sentimentais se tornou algo raro hoje em dia. Mas isso não significa que seja feio ou fora de moda. Fora de moda é não saber buscar a felicidade.